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 [FP] Liesel B. Delacroix

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Liesel B. Delacroix

Liesel B. Delacroix


Mensagens : 3
Data de inscrição : 14/06/2014

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MensagemAssunto: [FP] Liesel B. Delacroix   [FP] Liesel B. Delacroix Icon_minitimeSáb Jun 14, 2014 1:53 pm

Liesel Bancroft Delacroix


Dados da Personagem


NOME COMPLETO: Liesel Bancroft Delacroix
APELIDO(S): Lie
DATA DE NASCIMENTO: 31/12
CIDADE DE ORIGEM: França

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS: Liesel é conhecida pelos seus belos cabelos longos e acastanhados e seus grandes olhos azuis que parecem te devorar pra um mundo totalmente frio e sombrio. Aqueles mesmos olhos azuis que mais parecem reluzir, transbordando sutilmente a malevolência que reside na garota. Seus lábios rosados de pontas levantadas e seu nariz perfeitamente arrebitado lhe dá um olhar de garota mimada. Seu corpo é cheio de curvas e poucos músculos torneados, porém seu maior atributo, no qual ela faz questão de mostrar em roupas é realçar seus belos seios. Possui uma estatura média, beirando em torno de 1,67 de altura. Pelo fato de seu corpo não ser torneado como o de inúmeras garotas, surpreendentemente a morena chega a 47quilos.
Somada à sua lábia afiada, poucas são as pessoas que não caem nas impetuosas garras dessa ruiva. Mantém uma postura firme e imponente, como se nada a pudesse abalar. Como se buscasse a cada segundo, diferentes maneiras de te derrubar. Como uma digna predadora. Não importando aonde está, ela anda como se mandasse no lugar e pudesse fazer o que bem entendesse, na hora que quisesse. Tem um ótimo senso de moda, e se veste muito bem.

Mas as roupas de grife que escondem suas cicatrizes não conseguem sequer apagá-las. São marcas profundas, que significam algo além da compreensão de qualquer outro. Pedacinhos de ninguém, duma época que não merece recordações. Tratam de assombrá-la, lembrando-a do quanto teve de sacrificar para chegar onde chegou.
E no que se transformou.

CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS: Cuidado, porque essa garota é fria se você pisar no pé dela. Não há garota mais ninfomaníaca que Liesel. A morena não consegue esconder quando está magoada ou irritada. Quando irritada, parece possuída pelos poderes do diabo e seres obscuros. E, nestes momentos pode se esperar tudo dela, desde um ataque de raiva com direito a destruir a casa até uma capacidade para reclamar durante a vida toda. Se ela quase quebrou sua cabeça quando perguntou sobre seu dia, ou deu uma de suas respostas grosseiras sem nenhum motivo aparente, provavelmente deve estar em um daqueles dias amargos que faz com que odeie o mundo. Se está ferida em seus sentimentos, ela pode se fechar em seu mundo, ficar melancólica e atacar qualquer um ferozmente.

A garota possui uma certa dificuldade em confiar nas pessoas, entretanto, quando essa barreira criada por ela é vencida, pode-se considerá-la uma amiga para toda a vida. É ignorante, não gosta que ensinem o que fazer, é debochada e abusada, fria e absoluta, manipula qualquer um quando quer e se for possível, sempre manipula. Contudo, não se engane pelo jeito exótico e olhar doce. Liesel quer se dar bem. E por mais que tenha uma aparência séria ou simpática e seja boazinha, ali no fundo em segredo guarda uma cobra muito venenosa.  
RAÇA:Draconiana
OBSERVAÇÕES: Dragão negro, com aptidão voltada para magia negra. A transformação ocore apenas em algumas partes do corpo.





Biografia


Encarou as árvores secas com os olhos estreitos e lábios pressionados. Definitivamente não estava em casa. Riu sarcasticamente e observou o longo e provocante vestido vermelho. o que comprovava ainda mais sua teoria. Um sonho? Provavelmente. Ou talvez estivesse viajando de novo, mas seus pensamentos nunca ganhavam forma daquele jeito, por mais viajada que estivesse. É, definitivamente estava em um sonho. Deu um passo a frente com seu sorriso ganhando um ar divertido enquanto caminhava pela grama queimada. As casas estavam todos destruídos, sem exceções e em algum canto ali que ela evitou olhar novamente haviam corpos.

Era tudo muito mórbido. Ela sempre gostou da morbidez, mas era estranho ver a vila daquela forma. Definitivamente.

Um vento bateu lhe trazendo o cheiro de fumaça e algumas cinzas e ela se restringiu a seguir essa trilha deixada pelo aroma. Não se apressava e seu ritmo era calmo demais para alguém que via todas aquelas atrocidades em silêncio. "Esse é seu interior" Disse uma voz grossa e masculina em sua cabeça. Parou e olhou em volta e não viu ninguém. Suspeito. Ignorou e voltou a sua caminhada, sendo novamente interrompida pela mesma voz.
"Inconfiável. Fria. Macabra. Má. Falsa." Reconhecia aqueles adjetivos e eles se lançaram sobre ela como uma flecha lhe acertando tão fortemente que ela se manteve paralisada, olhando para o céu cinzento daquela estranha manhã. O ar estava pesado e possuía um cheiro de podridão. Não, aquele não podia ser seu interior. Ela é fria e não costuma confiar nas pessoas, além de se esconder atrás de algo encantado. Mas ela não era podre daquela forma. Era a visão dos outros sobre ela? Não, era seu sonho. Nada além de um sonho, não se deixe abater, era o que ela dizia para si mesma.

Mas ela reconhecia sim aqueles adjetivos. Eram os direcionados para si quando mais nova. "Sádica. Sem coração. Anti-social. Demônio" Ela não conseguiu evitar se encolher um pouco. Um vento frio passou por ela, lhe arrepiando e a fazendo se sentir mal. Como se aquele vento trouxesse algo além daquela friagem... Algo mais. Algo além."Pobre sombra envolta em escuridão." Agora era a voz de uma garotinha, mas era uma voz sem emoção, talvez uma voz acostumada a ver tantas mortes que Liesel não conseguiria contar.
"Tuas ações trazem dor e sofrimento à humanidade." Ela estava reconhecendo a voz e as citações. Ergueu a cabeça e olhou novamente em volta, não se deixando abater. Não passavam de memórias. Confusas, emboladas e colocadas em um local estranho, mas memórias. Os adjetivos dados pelos seus colegas... Sim, apenas um sonho. "Tua alma vazia afoga-se nos teus pecados" Um sonho muito real. Viu um olho gigante surgir no céu e as memórias finalmente tomaram forma. "De que forma desejas ver a morte?"

Talvez ela mesma tivesse esquecido que havia sofrido. Ou talvez tivesse apenas escolhido esquecer ou substituir toda aquela dor por algo mais feliz. Era isso que fazia todos os dias, não? Ser forte. Viu com uma vagarosidade torturante um passado distante voltar à sua mente, quando ainda era uma menina de 13 anos,com seus colegas a olhando de forma estranha enquanto se via, tão pequena e frágil em um canto com suas roupas escuras. Não que ela colaborasse para ser querida já que nesta época sempre optou por se isolar o máximo possível de tudo e todos. Ela queria que alguém tentasse a aproximação, tentasse o primeiro passo. Alguém que talvez gostasse dela, quem sabe. O simples fato de ser diferente, de não ser vista com desejo que fizeram com que ela fosse denominada de coisas que ela não é e nunca foi e provavelmente nunca será, como inconfiável.

Mãos saíram do chão, almas atormentadas se retorcendo nas sombras a agarrou e começaram a puxa-la para baixo, pelos lados e até seus cabelos, lhe causando uma dor muito grande além de ferimentos de arranhões e a sua roupa agora estava em farrapos.
Então, o cenário mudou. Era um momento feliz entre seu pai, ela e sua mãe. Era uma boa memória, sem dúvidas. Então, porque ela estava ali? Como se lesse seu pensamento - se achou tola por usar esta expressão, é óbvio que leu seu pensamento considerando que é tudo parte de um sonho, saíra de sua cabeça, afinal - o cenário começou a escorrer, como tinta fresca. Aliás, o cheiro de tinta estava lhe atordoando os sentidos. Olhou para o lado e como se estivesse dentro de um quadro ela viu seu pintor sorrir macabramente com seus dentes podres.

Foi naquele momento em que ela finalmente sentiu falta de algo. Estendeu a mão e a região a sua frente tremulou. Uma passagem. Se jogou na passagem, sendo automaticamente mandada para outra cena. Reconhecia aquela cena, reconhecia ela bem.
Era, literalmente, o momento de sua morte.

Um acidente. A casa onde moravam, queimada. Uma sobrevivente.
Foi então o inicio da tragédia. Era o fim e ao mesmo tempo o inicio de sua vida. Era algo tão paradoxal. Ela estava no escuro, até que um clarão azulado surgiu. Um clarão que ela reconheceu logo que abriu os olhos e viu seu pai com os resquícios do seu momento de amargura escondidos por um tipico sorriso prepotente com quem diz "Eu posso tudo", Mas ele não podia. E jamais poderá fazer nem um terço do que queria. Uma troca equivalente, era tudo que elas precisavam. Um sentido perdido e um membro deixado para trás, isso resultou em sua fuga de casa e, mais tarde, à nova condição que seria obrigada a viver.

(...)

No instante seguinte,caiu em um buraco em algum momento de distração e foi parada apenas pelo chão. Era o vazio. Não, não era o deserto, não era areia que tinha abaixo de seu corpo, eram cinzas. Cinzas de memórias queimadas, sentimentos queimados, ela queimada. Lágrimas escorreram e ela se deixou cair, derrotada. Tudo só se cessou quando ela despertou. Sua respiração sendo forçada e ruidosa ela fechou os olhos, engolindo a seco.
Não era ela. Era o que ela poderia se tornar.




Do you wanna?
THANKS, CLUMSY @ SA
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