Radioactive - Por Sky Marrie Riddle

Eu não pedi pra ser assim, eu não nasci com a maldição, ela me foi lançada.
Eu estava no lugar certo, na hora errada, duas brigas que não eram minhas, agora são apenas sobre mim.
Eu resgatei a maldição, agora eu terei que pagar as consequências.


Meus pés descalços batiam na terra seca abaixo, nunca havia sido tão difícil fugir, e eu já havia fugido dos lugares mais sombrios e nojentos do que você pode sonhar, eu lá estava eu, fugindo novamente, de outro lugar que a mesma pessoa sempre me mandava, nunca havia visto-a pessoalmente, mas já em meu sonhos, era sempre a mesma pessoa, uma mulher, de cabelos escuros e olhos totalmente negros, sua voz aparentava alento, mas ela não me enganava, ela tinha uma superioridade, ela era Atena, a deusa, tinha a escutado conversando com um outro deus, Poseidon, mas tudo em meus sonhos.

Agora eu fugia novamente, de outro hospício, você pode achar estranho uma garota usando uma camisola de hospital correndo por aí, sozinha, com apenas uma mochila nos ombros, mas isso não é nem parte da minha mente.

Eu conseguia ouvir os "guardas" me procurando novamente, e eu estava numa rua sem saída, pelo visto eu teria que arrumar outro meio de me ver livre ou talvez não pensei.

Atrás de mim havia uma grade, grande o suficiente para eu poder escalar, e foi isso que eu comecei a fazer, mas os dois homens já corriam para onde eu estava, eles também começaram a escalar, mas eu sempre fui mais rápida, joguei meu pé no nariz de um e meu cotovelo no do outro e continuei escalando, a parte mais fácil tecnicamente era agora, pulei, meu pé caiu de mal jeito e eu tombei, agora eu tinha um tornozelo torcido e muito chão para correr.

Me levantei, doía, mas eu tinha que continuar, continuei correndo, ignorando as pontadas de dor que eram cada vez mais fracas.

Caí, chorando, e peguei meu pé, ele estava cortado do asfalto e ligeiramente inchado, precisava me esconder em algum lugar e rápido, não tinha muitas opções, apenas uma cabine de polícia antiga, me arrastei para lá, e abri a porta.

Eu não vi o que eu esperaria, a cabine era infinitamente maior por dentro, saí e rodeei a cabine, de fora parecia normal, mas por dentro era gigante, com painéis de controle e afins, como uma espaçonave, a porta se fechou atrás de mim e eu me virei, uma garota estava parada ante a porta.

Me virei novamente, um homem estava na minha frente, ele segurava algo parecido com uma caneta, não, era uma chave de fenda sônica, e eu já tinha a visto, assim como o lugar, assim como a pessoa que me encarava

– Quem é você? - perguntou ele, e seu nome me veio a mente, claro como se ele fosse um velho amigo, a palavra se formou em meus lábios

– Doctor! - disse sentindo uma repentina sensação de alívio

– Não, não querida (n/a: imaginem o David Tennant dizendo: No, no Sweetheart [OmfgZeus]) - Ele falou - Esse é o meu nome, eu perguntei o seu

– Quem é você e como sabe o nome dele? - perguntou a garota se aproximando

– Oh, eu conheço o Doctor a muito, muito tempo - eu falei, reflexivamente - E ah, meu nome é Nyx – completei, sorrindo para Doctor, que sorriu como uma criança de nove anos ao receber a notícia de que haveria bolo para o jantar - E você, quem é? - perguntei para a loira

– Sou Rose, Rose Tyler, companhia do Doutor - ela respondeu, balancei minha cabeça afirmativamente

– Era de se esperar, você nunca muda Doc - Falei me levantando

– Você está com roupas de hospital - apontou Doc

– Ponto para você Doctor - eu disse - Onde fica o guarda-roupa dessa Tardis? - perguntei

– Terceiro corredor a esquerda, siga em frente e abra a porta de madeira - disse Rose, agradeci e fui correndo, quando cheguei lá vi que assim como o Doutor o guarda-roupa da Tardis também ia se regenerando, escolhi uma camiseta azul com "girl just wanna have fun na frente, uma calça jeans, um all star vermelho, peguei uns óculos redondos de grau, já que o meu havia se partido, e meu colar de estrela, que estava guardado em minha mochila e voltei para a sala de comando da Tardis.

Doc sorriu para mim e perguntou, com um sorriso maroto:

– E então senhoritas, onde querem ir hoje? - sorri de volta, sabia exatamente onde eu queria ir

– Que tal... Irmos para o acampamento meio-sangue? - disse com um sorriso maldoso nos lábios, eu iria descobrir quem eu sou, e porque Atena me queria tão longe assim.